Preocupação ambiental, avanço tecnológico e desenvolvimento do design sustentável são elementos preponderantes das novas tendências da decoração.

A preocupação ambiental, no entanto, não limitou a criatividade.

Mesmo apostando na diversidade de materiais, formas e cores, porém, não se pode deixar de observar alguns aspectos que marcarão a tendência desta estação, como a forte predominância das cores preta e branca e também das formas orgânicas e amebóides dos móveis e estofados, sobretudo dos sofás, de base mais fina e metálica, e das chaise longues, de inspiração retrô dos Anos 60.

Metal recortado e polipropileno ajudam a moldar os móveis de formas mais ousadas.

O colorido vibrante da última estação cedeu espaço para as tonalidades sóbrias, como o cinza e o bege, além do preto e do branco, mas inclui também pitadas de amarelo, roxo e laranja.

Os contrastes entre o claro e o escuro estão bem demarcados, principalmente nos listrados monocromáticos. As madeiras estão com os veios realçados e contrastam com vidros e cristais, além de lacas, poliuretanos e laminados, agora mais densos.

Mas o natural ganha espaço privilegiado nas peças de fibra sintética e nos adesivos e ilustrações em cerâmicas e painéis.

Estantes modulares, combinadas conforme a necessidade, contrastam com as mesas de canto, mais baixas e maiores, e com as mesas giratórias que possibilitam a integração de ambientes.

Destaque especial merecem as peças desenvolvidas para as novas tecnologias.

Aliando tecnologia e funcionalidade à beleza hi-tech, foram apresentados grandes variedades de materiais, cores e equipamentos, a exemplo das TVs de plasma e LCD, que foram definitivamente incorporadas à decoração de ambientes.

Os revestimentos exibem texturas ressaltadas, em tecido ou couro, vestindo sofás, cadeiras e poltronas.

Nos banheiros, a grande novidade é a presença do clássico como complemento do contemporâneo, principalmente nos metais e espelhos. Banheiras com formas diferentes e soltas e cubas complementares ao móvel, sem a presença da bancada tradicional, são os novos hits da estação. Vidros e espelhos, com estampas clássicas, estão sendo bemadaptados em portas de armários, divisórias, tampos de mesas e aparadores, inclusive nas tonalidades fumê e bronze.

A iluminação merece um capítulo à parte.

Segundo o arquiteto e lighting designer paulista Carlos Fortes, que participou da Feira, algumas tendências foram observadas e muito repetidas, notadamente a inspiração em formas orgânicas; a ampla utilização de Leds, que a cada ano se apresentam mais eficientes e com mais qualidade; e uma quase obsessão pela releitura de clássicos candelabros.

O uso de materiais reflexivos e a criação de peças de grandes proporções também foram destacadas pelo lighting designer, assim como o lançamento de muitas peças modulares e componíveis. “Tom Dixon, por exemplo, apresentou no Superstudio Più, na Zona Tortona, antiga região industrial de Milão que abriga diversos estúdios e galerias, as luminárias Mirror Balls e Copper Shade, compostas de grandes esferas confeccionadas em material plástico metalizado em acabamento cromado ou de cobre”, acrescenta Fortes.